terça-feira, 13 de julho de 2010

Arquivo X (tupiniquim)





Os moradores de Itacaré contam um fato inédito, daqueles de fazer Platão resmungar: Eu não disse! Platão defendia a existência de um continente, a Atlântida, que segundo ele, foi, lentamente, sendo submerso com toda a sua população. Os ficcionistas deram asas à imaginação e criaram uma versão de um povo submarino. Pelo que eu conheço da cultura de Itacaré, não há como se estabelecer um paralelo neste fato que vou narrar, com, pelo menos o que existe na História e na ficção.


Contam que, certa vez, os pescadores artesanais lançaram as redes em um lugar próximo da costa, visto que a formação da plataforma no litoral de Itacaré, apresenta uma depressão oceânica a poucos quilômetros da costa. Ao recolher uma das redes, estranharam o ser que estava preso. Retiraram da água e trouxeram até o porto. Era uma figura humana, semelhante a um pigmeu, possuindo a pele semelhante a de alguns peixes sem escama e possuía guelras logo atrás das orelhas pontudas. Trouxeram à terra e o estranho ser ficou exposto algum tempo para os moradores.


Mesmo assim, ninguém conseguiu ver-lhe a face, pois desde que foi pescado, o ser manteve uma postura de ficar com a cabeça encostada nos joelhos, fazendo uma espécie de cinta com os próprios braços presos com as mãos. Por mais que tivessem forçado a abrir os seus braços, não conseguiram. E isso foi tentado por dois homens fortes. Temendo que ele viesse morrer, os pescadores o carregaram de volta a um barco e devolveram-no ao mar, no local onde havia sido pescado. Contam que ao se aproximar da água, durante a queda, o estranho estendeu-se em posição de mergulho e sumiu nas profundezas do mar.



A lenda subsiste, até hoje, e alguns pescadores garantem que já se depararam novamente com o que eles batizaram de “Vovô d’água”.

Torço apenas para que não seja uma grande mentira inspirada na estatueta do Monje Balinês.

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