tag:blogger.com,1999:blog-22944420631807412622024-03-13T11:49:26.951-07:00PORTEIRA ABERTADilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-2294442063180741262.post-41526608616374551092011-05-07T18:08:00.000-07:002011-05-14T14:20:14.613-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbM3bMDTsQsGMikCATFNehMdRtir3SX3b_Mfih4qnCsf855pwoyVzLY1-GrImxEacxp3YuNcaOJTHE1gaUE9jgoIBJzVkuARwJZIQhvPuiKQOy-oVS94brY8rdMDodcDl-OJpZPBbQyErX/s1600/m%25C3%25BAsicos.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 283px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5604146302668264882" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbM3bMDTsQsGMikCATFNehMdRtir3SX3b_Mfih4qnCsf855pwoyVzLY1-GrImxEacxp3YuNcaOJTHE1gaUE9jgoIBJzVkuARwJZIQhvPuiKQOy-oVS94brY8rdMDodcDl-OJpZPBbQyErX/s320/m%25C3%25BAsicos.JPG" /></a><br />Há pouco tempo, os cristãos se reservavam durante a Quaresma. Nesse período, não se faziam festas e muito menos se dançava.<br />João Cavalheiro de Oliveira, o Jango, era um jovem vistoso e muito alegre, mas tinha um defeito: não podia ficar sem dançar. Gostava de bailes como ninguém.<br />Certa vez, na Quaresma, disse para si mesmo que iria a um baile, nem que fosse no inferno. Selou o cavalo e saiu à procura de um. Cavalgou desde o anoitecer até perto da meia-noite. Foi, então, que para sua alegria, ouviu o som de música animada vindo de uma casa toda iluminada no alto de um morro. Não teve dúvidas. Picou a montaria com a espora e chegou diante da casa. Apeou, amarrou o cavalo e foi dar uma espiada. Lá dentro, as pessoas estavam todas dançando animadas. A sua entrada foi franqueada por um cavalheiro baixinho, todo sorridente. Meio ressabiado, Jango foi logo entrando. Por mais que olhasse para as pessoas, não reconhecia ninguém daquela gente.<br />Mas a sua intenção era dançar e já foi convidando uma moça bela para lhe acompanhar numa contradança. Porém, ficou decepcionado, pois a moça tinha um mau-hálito terrível. Convidou outra. Mau-hálito de novo. Passou por umas cinco moças, todas apontavam o mesmo problema. Sentou-se junto dos músicos meio desconcertado. Foi quando se deparou com uma clarineta, ociosa, ao seu lado. Como nenhum dos músicos usava este tipo de instrumento musical, apanhou-a, mais por curiosidade. Instintivamente, levou-a à boca, mesmo sem nunca haver tocado tal instrumento. Para seu espanto, a mesma música que a banda tocava foi fluindo como mágica da sua clarineta. O povo aplaudiu. Os músicos lhe sorriram num gesto de aprovação. Todo faceiro, disse para si mesmo que não conhecia esse seu próprio dom: era um grande músico e não sabia. Tocou durante a noite inteira e, o público e dançarinos, aplaudiam-no. Virara uma celebridade em pouco tempo.<br />Quando o dia já despontava, as pessoas foram saindo. Logo a sala estava vazia. Mas ele só se deu conta quando os músicos desapareceram atrás de si e o silêncio imperou na casa. Estranhou, mas não entendeu. Esqueceram de levar a clarineta. Procurou pelas pessoas, não encontrou mais ninguém. Pegou a clarineta e ajeitou na sela e levou-a junto. Se achasse alguém perguntaria como proceder para devolver ao legítimo dono. Contudo, não encontrou ninguém até chegar em casa. Cansado e sonolento, guardou o instrumento em cima do armário e deitou-se para dormir.<br />A tarde já ia longe quando acordou. Lembrou-se satisfeito da façanha de aprender a tocar um instrumento musical numa noite e quis repetir para mostrar aos familiares. Foi apanhá-lo onde havia guardado. Levou o maior susto de sua vida. No lugar da clarineta havia um gato preto, morto e já seco, com o rabo todo mascado.<br /><span style="font-size:78%;">[Autor desconhecido -História contada por Clóvis Erzinger] </span>Dilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2294442063180741262.post-80829294689548265062010-11-14T05:35:00.000-08:002010-11-14T06:16:31.113-08:00O estranho casal<div><br /><br /><div><span style="font-family:verdana;color:#006600;"><span style="color:#990000;">Para quem não sabe, arigó é a alcunha que se dá a trabalhadores que exercem o serviço braçal numa obra ou linha de produção. Pois bem, essa história me foi contada por um parente meu que trabalhou como arigó na construção da Estrada de Ferro Rio Negro – Caxias, no Sul do Brasil.<br />Contou que, quando estavam construindo o túnel 13A, na serra do Espigão, na região catarinense da estrada, tinham que, forçosamente, passar pelo túnel 12, um dos mais longos e não retilíneo. A travessia era feita de vagonete.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRt5LB2LRxHVFYTUDCPPYjstAjroQ4sniq8pKM7WLrL1k_ROIKghUVAnfaBrk0wQuIRnARHCBJg0V2Kcmes2iSmQY-Jxf-Yk1hGN9Xq0t6msRsPGGIsZfAh2mKSCT3k7XaiOVdc4jb73QQ/s1600/t%25C3%25BAnel.jpg"></a> </span></span></div><div> </div><div><span style="font-family:verdana;color:#006600;"><span style="color:#990000;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDdJlmDBl06I5qKhzMrduHaPTEjzrfEZWubBS58x__a2ug6iF61Jh1n3citofWWTks5m9H8IlrSiIaJj0HPSWVqd9tF2VYlFOiwqJtOlJYe49j6zJ281R4cLpa3LYJ2wAl1aXpb2Nxny-j/s1600/t%25C3%25BAnel.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 268px; FLOAT: left; HEIGHT: 205px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5539408554298808802" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDdJlmDBl06I5qKhzMrduHaPTEjzrfEZWubBS58x__a2ug6iF61Jh1n3citofWWTks5m9H8IlrSiIaJj0HPSWVqd9tF2VYlFOiwqJtOlJYe49j6zJ281R4cLpa3LYJ2wAl1aXpb2Nxny-j/s400/t%25C3%25BAnel.jpg" /></a>Quando se aproximaram da entrada Norte deste túnel, por volta das nove horas da manhã, avistaram duas figuras humanas que deduziram ser um casal pela performance e compleição de cada um. Ambos vestiam túnicas de cor alaranjada e, notadamente, assustados com o aparecimento súbito dos trabalhadores, fugiram para o interior do túnel. Os arigós acharam estranha a atitude do casal e, mesmo sem entender, prosseguiram o curso e, ainda, puderam divisar o vulto dos dois quando atingiram a entrada do túnel. Viram quando pareceram ter se encostado na parede úmida do túnel, como que esperando a passagem do vagonete, já que não havia sido construído qualquer salva-corpo, ou, abrigo de proteção. Um dos arigós, levantou a lanterna de querosone para melhor enxergar o casal. Nesse momento, uma fissura larga se abriu na parede e os dois penetraram por ela; logo em seguida a greta se fechou.<br />Os trabalhadores, até mesmo por temerem pela segurança na estrutura do túnel, pararam e foram investigar. Não acharam qualquer irregularidade na parede, nem qualquer indício de abertura. Apesar de baterem com o cabo das picaretas, não perceberam qualquer ruído ou som que desse pista de uma parede falsa. </span><span style="color:#990000;">Somente a rocha pura respondia. Nunca mais viram ou souberam notícias do casal.</span></span></div></div>Dilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2294442063180741262.post-56289333221264114302010-11-07T19:19:00.000-08:002010-11-07T19:39:17.996-08:00A FENDA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgew7bmD0bGfP-I33c3Oob1HInkktBJIfapSZBjk3he2T2jU9emzdpeIwBj5aKbTe4VliFf3TC5WgDtf3ukL9a_ZlrjkiJR49i0llocHIDhkf1yoIElbSr92q-uO7ywCXwZZcF4pZzgPBIJ/s1600/fenda.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5537018177360703554" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 258px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgew7bmD0bGfP-I33c3Oob1HInkktBJIfapSZBjk3he2T2jU9emzdpeIwBj5aKbTe4VliFf3TC5WgDtf3ukL9a_ZlrjkiJR49i0llocHIDhkf1yoIElbSr92q-uO7ywCXwZZcF4pZzgPBIJ/s320/fenda.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;color:#000066;">Esta foi, talvez a história mais intrigante que ouvi nos últimos tempos. Claro que não impus nem um pouco de cepticismo pela forma espontânea que foi contada, apesar de sempre imprimir aquela velha postura dos tempos em que eu advogava. É muito importante que se dê atenção aos detalhes. Se não existir a veracidade, muitas vezes o narrador se perde em contradições. Contudo, quero que fique estampada a minha condição de apenas estar reproduzindo o que ouvi. Foi numa viagem de ônibus e o meu companheiro de poltrona, quando soube que eu era catarinense, contou-me a história.<br />O narrador disse que era de uma geração de pescadores e esteve pescando em quase toda a costa brasileira. O fato, segundo ele, ocorreu numa região próxima da divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina. A região exige certos cuidados porque é constantemente assolada por tempestades com ventos fortes. Era madrugada, ainda, quando ele e os outros três homens da tripulação se dirigiam ao lugar onde haviam estendido as redes. O céu indicava prenúncios de tempo bom. Não havia qualquer alerta nos boletins meteorológicos. Estavam a, aproximadamente, vinte milhas da costa. Num súbito instante, escutaram o que parecia ser o estrondo de um trovão quase sobre a embarcação. Os quatro se entreolharam assustados, temendo não terem registrado algum detalhe do boletim do tempo. No mesmo instante, ficaram pasmos com a brecha clara e pálida que começou a se formar no zênite, espalhando-se por todo o horizonte até o nadir, bem na proa da embarcação. Uma espécie de nevoeiro escapava misturando-se ao céu estrelado. Logo, surgiram três figuras pálidas e vaporosas, mas que, segundo o narrador, tinham o formato do “escudo do Vasco da Gama” sem a parte de cima, na concepção dele, ou seja, três cruzes de malta sem a parte superior. Essas figuras bailavam no espaço, ora se uniam para logo depois se separarem. Maravilhados e ao mesmo tempo assustados, contemplaram o fenômeno por, aproximadamente, três a quatro minutos. Depois, as figuras se uniram em uma só, e foram se distanciando no infinito até desaparecerem. A fenda foi se fechando e o céu voltou ao normal. Os quatro se perguntaram se todos haviam visto a mesma coisa. A confirmação foi unânime. Ao retornarem a terra, perguntaram discretamente se mais alguém testemunhara alguma coisa diferente, mas diante da negativa, resolveram se calar. Depois de anos de discussão e dúvidas, resolveram contar que haviam visto três anjos. Os que ouviam, porém, davam gargalhadas e diziam ser apenas mais uma história de pescador. Nunca mais vi o meu companheiro de viagem que desceu num ponto no meio do caminho.</span></div>Dilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2294442063180741262.post-85051193813307568072010-10-18T13:46:00.000-07:002010-10-19T07:40:18.860-07:00O caldeirãoA noite corria solta em pleno verão de 1870. Ao longe, ouvia-se o pio lúgubre de aves noturnas. O tempo parecia haver parado diante do calor estuante. Nada se movia, nem brisa dava as graças para amenizar o sofrimento. Pernilongos, em silvos agudos e odiosos, infernizavam o sono dos moradores. Algumas pessoas da aldeia, vencidos pelo cansaço, dormiam como se nada lhes importunasse. Outros, mais resistentes, não se deixavam vencer pelas agruras que açoitavam a noite. Uma lua minguante, parda, estafada, alumiava modestamente as altas horas.<br />Foi nesse soturno clima que, dado momento, a monotonia foi violentamente quebrantada pelo ganidos dos cães. Em seguida, alvoroçaram-se e saíram em perseguição, acuando não se sabe o quê, pela única viela da aldeia. Nho Bento Manoel Teixeira*, homem de coragem, acostumado ao perigo, não deixou por menos. Investido de ímpeto bravo, abriu a porta para constatar o que estava se sucedendo.<br /><br /><p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5529501714028699282" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 264px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicg3JLxvpGQQkx5lOkRRUWpd21xxvLtULHtra2m2hvxszV4Quy6DN23oZpLsCCY-OUdJJV00MxTKWHUOvfhmCO2RBsSdJJJugVnbPebNftdiAmG5kYX6srWyVSEiJ3Fi-upA2PASZ1afDa/s320/sonda.jpg" border="0" /></p><p align="center"><strong><span style="font-size:78%;">(Clic na imagem para vê-la em tamanho maior)</span></strong></p><p>Diante dos seus olhos, perseguido pelos cães, um <em>caldeirão</em> esférico, luminoso, emitindo um zumbido estranho, como veio a ser descrito, deslisando no ar, a uma altura de um metro, mais ou menos, deslumbrou sua vista. Segundo ele, o artefato girava rotatoriamente, no ar, espalhando faíscas. Muitos outros moradores também confirmaram. Grande parte dos cães que perseguiu o engenho, até não se sabe onde, sucumbiu em três dias de um mal inexplicável. Sonda??<br /></p><br /><br /><span style="font-size:78%;"><strong>* Bento Manoel Teixeira - meu avô materno.</strong></span>Dilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2294442063180741262.post-50817992962842965042010-07-17T01:45:00.001-07:002013-01-23T04:03:03.055-08:001910 - o Ano do Contato Imediato<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3wjdaA57BVHMS_WusR861kPpFVfx2JXx0z0rWE3WJr_rVFDzCeuldTMVPMVKpWNNm6xi6fVxoF7wDK-L2rKmNnPItXSzh1N4_-VyQ6dNmOqnXTOwtWCsFzHQFcPg7d_6t-OVAeYLweFJJ/s1600/lua.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5494819436135279634" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3wjdaA57BVHMS_WusR861kPpFVfx2JXx0z0rWE3WJr_rVFDzCeuldTMVPMVKpWNNm6xi6fVxoF7wDK-L2rKmNnPItXSzh1N4_-VyQ6dNmOqnXTOwtWCsFzHQFcPg7d_6t-OVAeYLweFJJ/s320/lua.jpg" style="cursor: hand; display: block; height: 250px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /></a><br />
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Se a história me tivesse sido contada na mesa de um bar, ou numa reunião de ufólogos, confesso que eu iria ser um tanto cético. Mas as pessoas, que a contaram, eu conhecia muito bem. Sem nenhuma cultura bibliográfica ou literária, até porque eram semi-analfabetos, não poderiam ter criado uma história cheia de detalhes que só viriam a ser explorados anos mais tarde com o desenvolvimento tecnológico. Há que se ter em conta, também, a data de invenção do 14 Bis (1906), e ocorreu na França, não no Brasil. Não havia, portanto, aeronaves criadas pelo homem com a performance e desenvoltura da que aparece nesta história. Vou ser fiel à fala das personagens. </div>
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O fato ocorreu em 1910, numa cidadezinha do interior do Paraná (paralelo 22). Era uma noite de inverno, muito fria e havia morrido um conhecido dos meus tios Francisca e José Domingues. Numa última reverência integrada à cultura local, ambos foram ao velório e retornaram por volta da meia-noite. A região, era assolada pelo ataque de gambás o que exigia um certo cuidado dos criadores em fechar os galinheiros na boca da noite e abri-los pela manhã.</div>
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Quando retornaram, tia Francisca perguntou:</div>
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- Domingues, você fechou o galinheiro?</div>
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- Num lembro, mas vou olhar.</div>
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Tia Chica, que era um tanto medrosa, foi junto. Afinal ainda estava impressionada com a visão do defunto. Ficar sozinha à meia-noite, mesmo por um momento, nem pensar. Foram os dois até o fundo do quintal. O galinheiro havia sido fechado. Tio José aproveitando, resolveu urinar ali mesmo ao lado do galinheiro. Tia Chica contemplava o céu límpido, salpicado de estrelas. Era lua nova. </div>
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- Amanhã vai gear. O céu está muito limpo - disse tia Chica. O marido só resmungou enquanto urinava.</div>
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Num determinado momento, tia Chica teve um sobressalto:</div>
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- José, olhe lá. Uma lua está descendo.</div>
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De fato, uma grande esfera luminosa surgira no céu e começou a descer até um terreno baldio e amplo que divisava com os fundos do quintal deles. Isso lhes permitia ter uma visão ampla de todo o terreno. Os dois ficaram estarrecidos diante do quadro fantástico. O bólide foi perdendo altura e velocidade e pousou a poucos metros de onde estavam, sem encostar no solo. Pasmos, tentavam não perder nenhum detalhe do que estava se vislumbrando diante dos seus olhos. Não souberam explicar como, mas viram que, alguns segundos após o pouso, surgiram dois homens altos. Um deles, de posse de uma caixinha "que alumiava", como dizia tia Chica, andava de um lado para o outro, olhando ao que seria um pequeno painel da caixa. O outro homem, permanecia parado, vigilante, ao lado da esfera, atento a tudo. Num dado momento, tio José, que era portador de bronquite crônica, não conseguiu reter a tosse. De súbito o vigilante deu um sinal ao outro que fazia a estranha pesquisa e, novamente, sem que percebessem como, os dois estavam juntos. Era como se houvesse deslocado flutuando numa velocidade superior ao registro visual. Num ato incontinênti, os visitantes desapareceram das suas visões e, em alguns segundos, a esfera inciou uma subida vertiginosa até sumir entre a miríade de estrelas daquela noite.<br />
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NOTA: Recentemente, deparei-me com uma matéria no YouTube trazendo imagens de um UFO esférico, já que a maioria das reportagens apresenta-os em forma de disco.Veja<br />
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http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=UTRSxzMgqs4#at=245</div>
Dilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2294442063180741262.post-52058625896131696892010-07-13T15:33:00.000-07:002010-07-13T23:52:44.552-07:00Arquivo X (tupiniquim)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBjJKLozoyZA_OAngroe9DkzYPIV1vnbtOAj4xSTDaf-sDOaMe80crlVG0dwGUna5k5-yDxs7LxkiTkhoYkWGeoSFKPvR3TTNJkOOSUyhz9QnUKzmtdTp4lPqtrUPPmkbdjwMBvI9HBhCJ/s1600/vovo-dagua.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493545741088056178" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 246px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBjJKLozoyZA_OAngroe9DkzYPIV1vnbtOAj4xSTDaf-sDOaMe80crlVG0dwGUna5k5-yDxs7LxkiTkhoYkWGeoSFKPvR3TTNJkOOSUyhz9QnUKzmtdTp4lPqtrUPPmkbdjwMBvI9HBhCJ/s320/vovo-dagua.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div></div><br /><br /><div>Os moradores de Itacaré contam um fato inédito, daqueles de fazer Platão resmungar: <em>Eu não disse!</em> Platão defendia a existência de um continente, a Atlântida, que segundo ele, foi, lentamente, sendo submerso com toda a sua população. Os ficcionistas deram asas à imaginação e criaram uma versão de um povo submarino. Pelo que eu conheço da cultura de Itacaré, não há como se estabelecer um paralelo neste fato que vou narrar, com, pelo menos o que existe na História e na ficção. </div><br /><div></div><br /><div>Contam que, certa vez, os pescadores artesanais lançaram as redes em um lugar próximo da costa, visto que a formação da plataforma no litoral de Itacaré, apresenta uma depressão oceânica a poucos quilômetros da costa. Ao recolher uma das redes, estranharam o ser que estava preso. Retiraram da água e trouxeram até o porto. Era uma figura humana, semelhante a um pigmeu, possuindo a pele semelhante a de alguns peixes sem escama e possuía guelras logo atrás das orelhas pontudas. Trouxeram à terra e o estranho ser ficou exposto algum tempo para os moradores. </div><br /><div><br />Mesmo assim, ninguém conseguiu ver-lhe a face, pois desde que foi pescado, o ser manteve uma postura de ficar com a cabeça encostada nos joelhos, fazendo uma espécie de cinta com os próprios braços presos com as mãos. Por mais que tivessem forçado a abrir os seus braços, não conseguiram. E isso foi tentado por dois homens fortes. Temendo que ele viesse morrer, os pescadores o carregaram de volta a um barco e devolveram-no ao mar, no local onde havia sido pescado. Contam que ao se aproximar da água, durante a queda, o estranho estendeu-se em posição de mergulho e sumiu nas profundezas do mar. </div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>A lenda subsiste, até hoje, e alguns pescadores garantem que já se depararam novamente com o que eles batizaram de “<em>Vovô d’água</em>”. </div><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOiEBgZg4SnXXEzEDG5ufljKYai8vOCgSHgH-LnHgCEKCs0yJWOgVpbnBDxrbm3eQ-li7q0COqDr3CwG41r9WCF0pT0q4Q_1YHXCCNfW0YD9Wm34oLQHJX-NuY6an-AC16fTGKumtGD0Pz/s1600/monje.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493648688137179074" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 175px; CURSOR: hand; HEIGHT: 196px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOiEBgZg4SnXXEzEDG5ufljKYai8vOCgSHgH-LnHgCEKCs0yJWOgVpbnBDxrbm3eQ-li7q0COqDr3CwG41r9WCF0pT0q4Q_1YHXCCNfW0YD9Wm34oLQHJX-NuY6an-AC16fTGKumtGD0Pz/s320/monje.jpg" border="0" /></a>Torço apenas para que não seja uma grande mentira inspirada na estatueta do Monje Balinês.</div>Dilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2294442063180741262.post-22905936580531079502010-07-03T07:44:00.000-07:002010-07-10T20:49:24.470-07:00Incógnita<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge-hHHEuP57tjNKerhwx0fkcQZRCLvbEXplwGYh_8Mbv5sAKDqzehYvxfsLS02FTlA4oTsyjZFP9ZengL8apMGIFrTw7iAXFtA5ZaG2ow3B7N4s0cmCfLInB1gbN4VImQru59UHSCXySDK/s1600/al%C3%A7ap%C3%A3o.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5492489909589487858" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 280px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge-hHHEuP57tjNKerhwx0fkcQZRCLvbEXplwGYh_8Mbv5sAKDqzehYvxfsLS02FTlA4oTsyjZFP9ZengL8apMGIFrTw7iAXFtA5ZaG2ow3B7N4s0cmCfLInB1gbN4VImQru59UHSCXySDK/s320/al%C3%A7ap%C3%A3o.jpg" border="0" /></a><br /><div>Ouvi esta história, quando eu era um moleque de 13 anos, mais ou menos. Uma noite, já havíamos jantado, minha mãe dava os toques finais na cozinha e todos se preparavam para ir dormir. Foi nesse intervalo que bateram à porta. Meu pai foi verificar. Era um compadre dele que há tempos não aparecia. Estava viajando e passou lá em casa, naturalmente, para pedir um pouso. Sempre solicito, meu pai convidou o viajante para entrar. Encurtando o causo, depois de comer alguma coisa que ainda sobrara da janta, começaram com uma conversa animada. Era sempre assim. Colocar os assuntos em dia. Vira e mexe, a conversa foi tomando o rumo que eu gostava: as histórias fantásticas. E aí, o compadre visitante começou a contar:<br />"Havia um fazendeiro numa região dos campos do Paraná que, por volta de 1930, saiu a procura de uma vaca prenha, prestes a dar cria, num dia que se aprontava um temporal no horizonte. Olhando minunciosamente cada palmo do percurso percorrido, deparou-se com uma espécie de alçapão. Estranhou, pois herdara as terras de seu pai, que por sua vez herdera do seu avô. Nunca alguém havia tocado em assunto semelhante.<br />Desmontou e, analisando melhor, encontrou uma argola grande presa ao alçapão. Com certo esforço conseguiu abrir. Dentro havia uma escada esculpida com degraus de pedra.<br />Corajoso, o homem entrou pelo alçapão e começou a descer a escada. Avistou no fundo, uma luz mais forte que a de um lampião, visto que na região não havia luz elétrica. Quanto mais descia, mais forte ficava a luz. Quando estava quase terminando de descer, deparou-se com o que seria uma sala exótica, cheia de aparelhos desconhecidos.<br />Sua surpresa maior, no entanto, foi quando avistou um ser estranho, com algumas semelhanças humanas, que estava entretido na análise de alguma coisa sobre uma mesa enorme. O estranho ser pressentiu a presença do fazendeiro e lançou um olhar tétrico em sua direção. Um frio percorreu toda a espinha do homem, ao tempo que, a criatura, de posse do seria uma ferramenta, lançou-a em direção à lâmpada no teto, quebrando-a. A escuridão inundou tudo. O fazendeiro apesar da coragem extrema, bateu em retirada. De revólver em punho, foi galgando de costas a escada atrás de si, até sair pela abertura onde havia entrado. Ficou por alguns segundos aguardando, como não fora seguido, calculou a distância por duas únicas árvores na proximidade, montou e saiu a galope buscar ajuda. Depois de duas horas, mesmo com chuva torrencial, fizeram uma busca no local e não encontraram mais um vestígio sequer do alcapão. Nem mesmo a polícia, encontrou algum sinal. O homem preferiu esquecer o fato para não ser chamado de mentiroso, apesar de ser conhecido por um homem de palavra."</div>Dilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2294442063180741262.post-23595446528513627222010-06-30T17:07:00.000-07:002010-07-10T20:03:15.452-07:00Campeei, campeei e acheiEu senti muito quando não mais conseguia encontrar uma forma de retornar a este blog. Foi assim, como se tivesse dado uma ventania forte no meu rancho e levado junto a folhinha na qual a senha estava anotada. Mas sempre crente que o Negrinho do Pastoreiro haveria de me ajudar a encontrar os rabiscos, fui criando outros blog's, mas não tinham o charme deste aqui. Esse foi o primeiro e perdê-lo seria uma lástima. Que bom, reencontrei-o. Vamos mandar nossas histórias de volta pra net.Dilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2294442063180741262.post-88982868690209871982007-08-09T05:58:00.000-07:002007-08-09T06:06:52.955-07:00SÓ CREIO EM JESUS, DOUTOR<div align="right">Odilon Trindade </div><div align="justify"><br /><span style="color:#cc0000;">Eu advogava numa pequena cidade do interior de Santa Catarina. Certa feita, apareceu uma senhora idosa em meu escritório, contando-me seu marido havia morrido recentemente e que, entre seus filhos, havia um que era doente mental. Qual a providência a ser tomada para que ele fosse representado no inventário, perguntou-me a mãe. </span></div><div align="justify"><span style="color:#cc0000;">Comecei a explicar-lhe que, nestes casos, o juiz nomeia um curador para o incapaz. </span></div><div align="justify"><span style="color:#cc0000;">Fui interrompido bruscamente:<br />- Doutor, eu sou evangélica e meu filho não vai ser tratado por nenhum curador (curandeiro). </span></div>Dilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2294442063180741262.post-66895769102430899282007-08-09T05:45:00.000-07:002007-08-09T05:55:24.752-07:00O disfarce<span style="color:#009900;">Eu tinha um cliente que morava nos cafundós. Sair de lá, só a cavalo. Não existia estrada. Meus honorários eu recebia em porco. Isso mesmo: porco vivo; às vezes galinhas. Como a cidade onde eu atuava era pequena, existia um restaurante especializado em povo do interior: era o único que colocava uma colher ao lado do prato, já que muitos, desse pessoal, não sabiam manusear garfo e faca. O restaurante ficava na mesma rua onde tinha o meu escritório. Para ir a minha casa, eu passava defronte dele. O cliente conhecia o meu carro. À tarde, quando retornei ao escritório, ele estava me esperando em frente.<br />Cumprimentei-o e ele foi me dizendo:<br />- Seu “dotor”, eu vi o senhor passar na hora do almoço.<br />- Ah! Viu é? Desculpe-me, mas eu não lhe vi.<br />- Pois é! Eu “tava” ali na bodega do Gráineter, almoçando...<br />- É? Eu passei meio apressado. O senhor deveria estar dentro, almoçando...<br />- Nem! O senhor não viu um cavalo amarrado na frente da bodega?<br />- Vi!<br />- Pois era eu!</span>Dilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2294442063180741262.post-14082371406710713152007-08-06T10:52:00.000-07:002008-12-08T13:17:32.889-08:00O ESPANTALHO DE FANTASMAS<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIlIWoRLh3nBqRXFIPApA0gRTIRlil29Ax53s6XDHzAVb0_1gxsnfvJH0pKuPEOAoV-50aT3aK7oixS4qlEq0dymNSjuNWtzVhoE5w4GtAD-ovVqMkp-eZWcVwSJEm5qnjLuhyCdnynrzz/s1600-h/galo.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5095648001960583682" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIlIWoRLh3nBqRXFIPApA0gRTIRlil29Ax53s6XDHzAVb0_1gxsnfvJH0pKuPEOAoV-50aT3aK7oixS4qlEq0dymNSjuNWtzVhoE5w4GtAD-ovVqMkp-eZWcVwSJEm5qnjLuhyCdnynrzz/s200/galo.gif" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div align="right"></div><br /><div align="right"></div><br /><div align="right"></div><br /><div align="right">(Odilon Trindade – 03/7/2003)</div><br /><div align="justify"><br /><span style="color:#3333ff;">O galo é um animal místico, ou pelo menos para mim é.<br />Na minha infância, os meus medos se intensificavam, principalmente, quando me via desperto, sozinho, mergulhado na escuridão da noite. À minha volta, todos dormiam e eu suava frio. Respirava discretamente, apenas para não morrer sufocado. Algo me dizia que um fantasma havia marcado encontro comigo para aquela noite. O pavor rondava meu leito como se, de um momento para outro, fosse explodir em macabros acontecimentos.<br />Todas as noites, após o jantar, meu pai e meus tios se reuniam e contavam histórias. Deve ter sido numa dessas conversas onde ouvi que os fantasmas não mais apareciam depois do galo cantar. Por isso, nas minhas noites de terror, eu ficava na torcida para que ele cantasse o quanto antes. Quando cantava, era um alívio ouvir sua cantiga. Acabava-se o martírio. Então eu poderia dormir com segurança. E dormia.<br />Nós tínhamos um galo que andava solto pelo terreiro junto com as galinhas. Um dia calamitoso ele voou até o alto de cerca, cantou e resolveu pular além do terreiro, para a rua. Sua liberdade não durou. Um caminhão deu fim na sua existência.<br />E agora? – pensei - Meu espantalho de fantasmas havia morrido.<br />Veio a noite, tétrica e sem luar. Ela vestia a túnica mais escura que possuía em seu roupeiro. Estava assombrosa.<br />Por todos os meios tentei manter, no máximo, os meus familiares acordados. Água, tomei mais de cinco copos. De vez em quando eu gritava que estava com sede. Febre, pensou meu pai. Constatada a farsa, mandaram-me dormir. Afinal, eu estava enchendo a paciência de todo o mundo.<br />Fechei os olhos e tentei me convencer de que era apenas uma questão de insegurança pela falta do galo. Não vi, nem lembro como, mas adormeci. Lá pelas tantas - maldita hora - me acordei com um estalido qualquer. Deveria ser daqueles da própria madeira se acomodando. Mas isto eu sei somente hoje. Naquele tempo, era o sinal do fantasma. Como já me haviam repreendido, não poderia mais pedir água. Só me restou então uma saída: sentei na cama e cantei de galo a todo peito. </span></div>Dilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2294442063180741262.post-694931552315204162007-08-05T04:22:00.000-07:002008-12-08T13:17:33.259-08:00Meu Santo Protetor<div align="center"><br /></div><p align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZZXBRc59BCwBfXnpqP1gDwKXHE-GWCe5uC9qUUgmjzWGWGczYVFzQ7KqzcnRWo4vKiqFBZ_FJ_9SmrEJo2BdXfN5TZG8m3I-pM53-mB9AFKVYcbmNWRrPpkY7cYSomX6diZCmZLkPk3mY/s1600-h/Santo-Odilon.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5095177522653045218" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZZXBRc59BCwBfXnpqP1gDwKXHE-GWCe5uC9qUUgmjzWGWGczYVFzQ7KqzcnRWo4vKiqFBZ_FJ_9SmrEJo2BdXfN5TZG8m3I-pM53-mB9AFKVYcbmNWRrPpkY7cYSomX6diZCmZLkPk3mY/s200/Santo-Odilon.gif" border="0" /></a></p><div align="center"><br /><br /><br /></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;color:#663333;">Santo Odilon</span></div><div align="center"><br /><br /><br /></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;color:#663333;">Não tenho nada de mórbido, muito pelo contrário, <strong>amo a vida</strong>. Mas, como a cultura da região, onde vivi, sempre inclui os contos e causos fantásticos, não poderia deixar de incluir a história do Santo que é o meu patrono e criador do "dia dos finados".</span></div><div align="center"><br /><br /><br /></div><div align="left">Mensagem do Cardeal D. Eugenio de Araújo Sales<br />Arcebispo Emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro<br />29/10/2004<br />Finados<br /><br /><br />A comemoração dos fiéis defuntos leva aos cemitérios do Rio de Janeiro uma multidão. Vão os que crêem e, também, os incrédulos, para reverenciar seus mortos e, quem tem fé, por eles rezar. Desde o início da Igreja os cristãos costumavam visitar os túmulos de seus mortos, muitos, mártires da Fé e na mais remota antigüidade, durante todo o ano, há ofícios fúnebres, missas exequiais e outras simples celebrações religiosas, recordando na prece os que nos antecederam na casa do Pai.<br />Nós lembramos nossos parentes e amigos falecidos normalmente no dia em que foram chamados para o céu. Porém, há uma outra data, a de 2 de novembro, que vigora em muitas partes do mundo, independentemente de crença religiosa.<br /><strong><span style="color:#6600cc;">O Dia de Finados teve início na Abadia de Cluny, França, no ano 998. O então abade Santo Odilon, no dia seguinte à Festa de Todos os Santos, 1 de novembro, estabeleceu uma “Comemoração dos Fiéis Defuntos”.</span></strong> Por ocasião do primeiro milênio desse fato, em 1998, o Papa João Paulo II enviou uma Mensagem, com data de 2 de junho daquele mesmo ano, dirigida ao Bispo de Autun, Châlon e Mâcon, que acumula também o título de Abade de Cluny, em honra desta grande Abadia, assim resumida: “Orando pelos mortos, a Igreja contempla, antes de tudo, o mistério da Ressurreição de Cristo, que nos obtém a vida eterna”. A partir dessa Abadia, difundiu-se, pouco a pouco, por todo o universo o costume de, nessa data, interceder junto a Deus, solenemente, pelos defuntos ou homenageá-los. </div><div align="left">Santo Odilon chamou esse evento a “Festa dos Mortos”. </div><div align="center"><br /></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"><br /></div><div align="center"></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5095196819941106162" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1ccvVz3sQHkJ6vs_3ZNfbLmeUvZ-QzFhtxWEHbh_1YbGsFl7sSoOY9yRvSCIUuPQoGFv58JGZCr_EW01dH1YD6JdYHwFXYhroSlTNMf9xOzClvLvPA_2EJUUJAMdM1kyZWve87MevopT3/s200/Baile-de-Fantasmas.gif" border="0" /> <p align="center"><span style="font-size:78%;">A morte seria um baile de fantasmas?</span></p><p align="center"><br /></p><div align="justify"></div><br /><div align="center"><span style="font-family:verdana;color:#663366;"><strong><span style="color:#cc33cc;"></span></strong></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:verdana;color:#663366;"><strong><span style="color:#cc33cc;"></span></strong></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:verdana;color:#663366;"><strong><span style="color:#cc33cc;">Duas Almas (<span style="font-size:85%;">UM CAUSO DE AMOR)</span></span><span style="font-size:85%;"> </span></strong></span></div><br /><div align="right"><strong><span style="font-family:Verdana;color:#663366;"><span style="font-size:85%;">(Escrito por Lígia T. Woehl)</span></span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:Verdana;color:#663366;"></span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:Verdana;color:#cc66cc;">Por volta dos anos cinqüenta, final da década quarenta, na localidade da Brusca, município de Mafra, um fato triste, mas ao mesmo tempo impressionante, intriga as pessoas que, conhecedoras do causo, buscam uma respostas para as muitas dúvidas. Mateus, um dos filhos de um "bodegueiro", que era muito bem casado e com filhos, se apaixona por Salete, solteira de família pobre, órfã de pai, porém muito linda e de bom coração. Encontravam-se às escondidas. O pai, que se opunha ao namoro, seguiu o filho, e deparou-se com os dois amantes em esfuziantes abraços. Foi tudo muito rápido e o moço não teve tempo de explicar o que realmente havia brotado em seu coração. O pai desgostoso com as atitudes do filho, ameaçou-o de morte caso voltasse a se encontrar com a dita namorada. Mas como ninguém manda no coração, o amor falou mais alto. Claro que eles voltaram a se encontrar, e por desgraça, deram de cara com o velho. Inevitável: cheio de raiva o velho sacou do trabuco e ali mesmo diante da Igrejinha (lugar que abrigava os amantes), descarregou toda a sua raiva, matando o próprio filho. </span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:Verdana;color:#cc66cc;">Silêncio, no lugar e no coração dos dois apaixonados! </span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:Verdana;color:#cc66cc;">Passaram-se os meses! A moça, que estava grávida, entrou em trabalho de parto, pois seu amado deixara-lhe o fruto do amor vivido. Embora ocultasse por bom tempo, não teve como encobrir a gravidez. Para não ser percebida pelas pessoas, ela escondeu-se mais ainda em uma tapera nas proximidades. Resultado, sozinha e sem assistência, não resistiu ao parto, morreu. Ela e o recém nascido. Pessoas que passavam por aquele local, perceberam alguma coisa estranha e encontraram a pobre e seu filhinho esvaídos em sangue. Tarde demais! Estava morta! Ainda quentinha, segurava nas mãos a medalhinha que seu amado lhe dera em vida. </span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:Verdana;color:#cc66cc;"></span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:Verdana;color:#cc66cc;">Fizeram velório, sepultaram, no mesmo cemitério, pois era o único da região. No ano seguinte, no dia das almas, costume até hoje conservado por todos nós, os familiares dos dois apaixonados, levaram flores e coroas feitas de flores artificiais ao túmulo de seus filhos. Por volta de meio-dia e meia deu uma ventania muito forte levantando tudo para o alto. Parecia que o mundo ia acabar. Durou apenas alguns minutos, o suficiente, para as flores assentarem novamente sobre as tumbas. Claro que muitas ficaram no chão, ou até fora do cemitério. Porém o mais curioso é que, procurando as devidas coroas de flores dos apaixonados, constaram que : a coroa da moça e a do moço haviam trocado de lugar, sem que alguém tivesse colocado a mão. Alguns ficaram maravilhados, outros, no entanto, ficaram indignados, pois nem a morte havia separado os eternos enamorados. </span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:Verdana;color:#cc66cc;">Até hoje o fato é lembrado com muito respeito. </span></strong></div>Dilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2294442063180741262.post-30167497051591641212007-08-01T04:25:00.000-07:002008-12-08T13:17:33.438-08:00COMEÇO DE PROSA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWn33hlc-iaij0PREMTfCu7lRrEx-DzW8SyIG7KGvDfyCPj9VW-OtIsS9SwRI5Muzk58TH9z2qN_TvO5i3dhETRAB-996U-8kG6j4qnUJxE7mcMs8miLeUzviXJv7dCPUqeDEG_F2X3zIi/s1600-h/perfil.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5093692069559017938" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWn33hlc-iaij0PREMTfCu7lRrEx-DzW8SyIG7KGvDfyCPj9VW-OtIsS9SwRI5Muzk58TH9z2qN_TvO5i3dhETRAB-996U-8kG6j4qnUJxE7mcMs8miLeUzviXJv7dCPUqeDEG_F2X3zIi/s200/perfil.gif" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-family:verdana;color:#663300;">Prosear nada mais é do que ocupar o tempo com divagações. Contar coisas interessantes é bom, ouvir é melhor ainda. Prosa chata é quase como um chá de jervão: amargo, enjoativo. Experimenta-se um gole e cospe-se a amostra. Havia um contador de "causos" que podia passar a noite falando e as pessoas ao seu redor ficavam atentas, esperando mais. Isso é uma arte. Tomara que ela floresça nessa roça que estou começando a plantar.</span>Dilão da Bruscahttp://www.blogger.com/profile/07918044283041372313noreply@blogger.com0